KOI-GUERA em tupi significa “o que será morto”. Em Koi-Guera, a coreógrafa Dora Andrade reafirma o seu compromisso com a dança e o desvelar da realidade. O espetáculo já foi apresentado 68 vezes tendo sido assistido por 65.639 pessoas. Koi-Guera é um grito e ressoa alto no nosso inconsciente. Fala da vida de um povo a mercê de um extermínio perverso e sanguinário. Fala de nós, de um passado que não conhecemos e de um presente que nos negamos a reconhecer. Chama a atenção para um dos problemas atuais de maior relevância: o etnocídio indígena.
Koi-Guera é movimento, é música, é poesia. Fala das nossas origens e denuncia nossa omissão para com os povos indígenas, nossos irmãos e ancestrais. Anuncia um novo tempo onde as relações serão mais humanas e solidárias. O QUE SERÁ MORTO? O que se perde quando um elo é cortado e nós já não conhecemos o nosso próprio rosto? Ver o espetáculo é começar a encontrar a chave para as respostas ou um caminho para formular outras perguntas. Impossível não se emocionar.
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