Religare. Palavra que nos remete a uma reconexão com o divino, à reativação dos estados de elevação e purificação do espírito, à recomposição de uma unidade perdida entre matéria e símbolo, razão e sensibilidade, superfície e essência. Religare é essa dança com o invisível, o intangível, o mágico, o encantado, os comportamentos rituais, os dispositivos cerimoniais e festivos que suspendem o tempo e nos religam ao próprio ato de criação, ao que antecede à consciência e está intimamente ligado a nós mesmos, ao elo ancestral que nos iguala enquanto seres vivos sem que saibamos ou precisemos classificá-lo.
Religare, o balé, diz, assim, sobre a possibilidade e urgência desse reencontro do homem com forças criadoras capazes de emprestar sentido ao vazio e ao absurdo da existência, apontando para a superação de aprisionamentos do presente e de processos de dominação e padronização do viver que formatam sujeitos passivos e anestesiados diante do sequestro da vitalidade social.
Existir de uma outra maneira, esculpir com arte a própria vitalidade, estabelecendo uma relação de maior comprometimento com a vida, a partir de utopias tonadas possíveis, de uma dança coletiva híbrida, intuitiva e delicada.
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